
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou, na última terça-feira (8), um novo boletim epidemiológico sobre a dengue, que revela um aumento significativo nos casos da doença no estado. Desde o início do novo período epidemiológico, que começou em 28 de julho de 2024, foram registradas 19.586 notificações e 2.460 casos confirmados da doença, sem nenhum óbito até o momento. Na última semana, foram apenas 264 novos casos, segundo as informações apresentadas pela Sesa.
O Paraná, que já contabiliza notificação de dengue em 339 municípios, possui 209 cidades com casos confirmados. A doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua a exigir atenção das autoridades de saúde e da população em geral.
Regional de Saúde de Londrina
Na 17ª Regional de Saúde de Londrina, que abrange 21 municípios, a situação é particularmente preocupante. A região já contabiliza 686 casos confirmados desde o início do novo período epidemiológico, com Londrina sendo a cidade que mais contribui para esse número, com 524 casos. Outros municípios que apresentaram confirmações incluem Cambé (57), Assaí (14) e Bela Vista do Paraíso (16). As cidades de Cafeara, Pitangueiras, Prado Ferreira e Tamarana ainda não registraram casos.
Situação em Comcam
A Comcam (Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão) também enfrenta desafios relacionados à dengue. Desde o final de julho, a região registrou 29 casos em 11 municípios. Barbosa Ferraz lidera com 9 confirmações, seguido por Goioerê e Moreira Sales, ambos com 4 casos. As cidades de Quinta do Sol e Terra Boa têm 2 casos cada, enquanto Campo Mourão, Altamira do Paraná, Araruna, Quarto Centenário e Ubiratã registraram 1 caso.
Outras Arboviroses
Além da dengue, o boletim semanal da Sesa também trouxe informações sobre outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O chikungunya teve 159 notificações, com 7 casos confirmados, enquanto o zika vírus apresentou 7 notificações até o momento. A coexistência dessas arboviroses reforça a necessidade de estratégias de controle e prevenção que abranjam todas as doenças.
Ações de Combate
Diante do aumento de casos, as autoridades de saúde têm intensificado as campanhas de conscientização e as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Medidas como mutirões de limpeza, palestras em escolas e a distribuição de materiais informativos têm sido implementadas para alertar a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito, que se reproduz em água parada.
A Sesa também destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para os casos confirmados de dengue, além da necessidade de que a população esteja atenta aos sintomas da doença, que incluem febre alta, dores no corpo, e manchas vermelhas na pele.
Conclusão
A situação da dengue no Paraná é um reflexo da realidade de várias regiões do Brasil, onde o aumento de casos requer atenção redobrada tanto por parte das autoridades quanto da população. A prevenção é a melhor forma de combater a dengue e outras arboviroses, e isso depende do engajamento de todos. As campanhas educativas e as ações de controle do mosquito são fundamentais para reduzir a incidência da doença e proteger a saúde da população. Assim, é crucial que cada cidadão faça sua parte, contribuindo para um ambiente mais seguro e saudável.