
A nova variante do coronavírus, chamada XEC, tem chamado a atenção de especialistas de saúde em todo o mundo, com casos já registrados em pelo menos 25 estados dos Estados Unidos e em outros países, incluindo o Reino Unido. Embora a variante tenha sido identificada pela primeira vez na Alemanha em junho, sua presença crescente nos EUA tem gerado discussões entre os pesquisadores.
De acordo com dados preliminares do banco de dados global de vírus GISAID, o estado de Nova Jersey é o que reportou o maior número de infecções com a variante XEC, com ao menos 15 casos confirmados. Califórnia e Virgínia também registraram mais de 10 casos até o momento. A maioria das amostras coletadas em Nova Jersey provém de testes realizados em viajantes que chegam ao aeroporto internacional de Newark, como parte do programa de monitoramento da CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).
A variante XEC é considerada uma recombinante, resultante da mistura de duas variantes parentais, KS.1.1 e KP.3.3, ambas descendentes da variante JN.1. Apesar do aumento no número de casos, especialistas, como a Dra. Céline Gounder, ressaltam que a emergência de novas variantes é um fenômeno esperado, uma vez que os vírus tendem a mutar ao se espalharem entre as pessoas.
Embora a variante XEC esteja em ascensão, não há evidências de que ela cause sintomas diferentes dos já conhecidos, como febre, tosse e fadiga. A CDC confirmou que, até o momento, não foram identificados sintomas específicos associados à variante. Além disso, as vacinas disponíveis continuam a ser recomendadas, mesmo que não tenham sido atualizadas especificamente para a XEC, pois acredita-se que elas ainda ofereçam proteção contra formas graves da doença.
No Reino Unido, a variante também está sendo monitorada, com especialistas afirmando que ela pode se tornar a variante dominante durante o inverno. O Prof. Francois Balloux da University College London indicou que, apesar de a XEC ter uma leve vantagem de transmissão, as vacinas continuam a ser eficazes na prevenção de casos severos.
As autoridades de saúde recomendam que grupos de risco, como adultos acima de 65 anos e profissionais de saúde, recebam uma dose de reforço da vacina contra a COVID-19, que já foi adaptada para corresponder melhor às variantes circulantes. A vacinação é vista como a melhor proteção contra doenças graves causadas pelo coronavírus.
Em resumo, a variante XEC está sob vigilância, e enquanto a sua prevalência aumenta, as diretrizes de vacinação e a vigilância contínua permanecem essenciais para o controle da COVID-19.